De acordo com o ministério, o decreto aborda “a necessidade de implementação de medidas para minimizar os riscos derivados da aplicação de produtos fitossanitários a base do princípio ativo dicloreto de paraquat”.

Este princípio ativo é usado no Uruguai para o controle de uma ampla gama de ervas daninhas, com contribuições muito importantes no manejo de ervas daninhas resistentes e também é usado como dessecante de plantações.

“Esse princípio ativo é tóxico e letal se ingerido ou inalado e irritante dérmico, causa danos aos órgãos em exposições únicas e repetidas, segundo a classificação SGH da União Européia. No solo, os resíduos do paraquat têm alta persistência. Fica na água por até 10 dias. Possui alta toxidade em aves, organismos aquáticos e é moderadamente tóxico para as abelhas”, diz a resolução.

A DGSA (Divisão de Controle de Insumos) do Uruguai elaborou laudo técnico onde se constatou que os usos com tempos de espera muito próximos da colheita, como dessecantes de safra, determinam maior risco na detecção de resíduos em grãos de cereais e oleaginosas e que também existem ferramentas substitutas para o ingrediente ativo de referência.

“É uma prioridade da DGSA continuar a gerar e promover um conjunto de medidas de restrição à aplicação de princípios ativos potencialmente perigosos para a saúde humana e / ou o ambiente, e cuja utilização não se justifique com base nas boas práticas agrícolas”, afirmou o decreto.

De acordo com o diretor geral de Serviços Agrícolas, até o momento, herbicidas dessecantes alternativos são comercializados com eficácia semelhante à do ingrediente ativo dicloreto de paraquat.

Fonte: Por: AGROLINK -Leonardo Gottems