Desde o período de colonização da América do Sul, indígenas da etnia Tupi-guarani, que ocupavam os territórios do Paraguai, Brasil, Argentina e Bolívia já utilizavam a planta de stevia há centenas de anos
Desde o período de colonização da América do Sul, indígenas da etnia Tupi-guarani, que ocupavam os territórios do Paraguai, Brasil, Argentina e Bolívia já utilizavam a planta de stevia há centenas de anos. O preparo do Ka'a He'e – que em guarani significa "erva doce" – utilizava o adoçante natural na medicina tradicional para suavizar o sabor amargo de outras ervas curativas.
A descoberta – Foi em 1887, que ao estudar o remédio indígena o naturalista Moisés S. Bertoni, juntamente com o químico Ovidio Rebaudi, descobrirar as propriedades da planta por eles descrita de Stevia rebaudiana. – em homenagem ao companheiro de Bertoni. A planta adocicada pertence à família das asteraceaes e passou a ser utilizada na medicina moderna.
Características da planta – A stevia apresenta características arbustivas, que forma com o tempo, múltiplos brotos surgindo de sua base, podendo medir de 0,40 a 1,0m de altura. Sua raiz perene, inicialmente pivotante, ramifica vigorosamente após seu primeiro corte, ocupando preferencialmente os primeiros 15 – 20 cm de profundidade, estendendo seu ciclo vegetativo de 3 a 4 meses.
Evolução do manejo – Desde a época de sua descoberta até os dias atuais houve um avanço nas técnicas de manejo de cultura da stevia. Desta planta, hoje, largamente estudada extrai-se o edulcorante steviosídeo, com poder de doçura 300 vezes maior do que a sacarose e o açúcar de cana.
Produção sustentável – Em consonância com as necessidades atuais de produção em larga escala e produtos de alta qualidade, a Stevia Soul entendeu estas necessidade e passou a utilizar práticas sustentáveis para a produção deste adoçante natural, muito procurado no Brasil e em diversos lugares do mundo.
Para isto, são utilizadas técnicas de adubação natural e controle de pragas e doenças que se integram ao manejo praticados pela Stevia Soul – práticas coprovadas por métodos eficientes, consagrados pela literatura e também na prática de campo. Exemplos podem ser encontrados no processo de desenvolvimento de caldas, iscas e culturas parceiras promovem um resultado de plantas sadias e produtivas, garantindo a interação positiva do cultivo com o ambiente.
Reutilização da água – O uso racional dos recursos hídricos conduz a resultados de aplicações mais pontuais e eficazes de água na lavoura. Técnicas simples de redução de consumo de energia para movimentação de água para os reservatórios e aplicadores dimensionados para a necessidade em cada situação específica, otimizam o sistema produtivo.
Escolha da área de plantio – Para uma cultura perene, que irá permanecer na mesma área por 4 a 6 anos, é prudente que a escolha da área seja feita com rigoroso critério. Para tanto, seguem algumas informações que vão ajudar neste processo:
• Considere as condições edafoclimáticas;
• Dê especial atenção ao histórico de plantas daninhas e os patógenos – causador ou micro-organismo específico, que provoca doenças;
• Observe, ainda, a disponibilidade hídrica e
• Como será feita a implantação de quebra ventos naturais.
Mais preparos para o plantio – acrescidas às dicas dos técnicos da Stevia Soul, antes da implantação da lavoura sugerimos que seja feito o manejo de ‘cobertura verde’ – preferencialmente com plantas que apresentem sistema radicular vigoroso e com grande produção de matéria seca. Essa técnica servirá para a cobertura do solo, favorecendo as condições químicas, físicas e biológicas. As condições nutricionais do solo, avaliadas mediante análise, determinam os teores necessários para a correção e posterior plantio no campo.
Processo de implantação – Geralmente utilizam-se mudas, previamente produzidas, que apresentam boa sanidade e desenvolvimento da parte aérea e raízes. O processo de implantação no campo, realizado com matracas manuais, ou enxadas no sulco, adota espaçamento de 20 X 25 cm, compondo o estande de 200 mil plantas por hectare.
Irrigação do solo – Logo após o plantio das mudas são necessárias irrigações, para fixar as raízes no solo. Capinas serão realizadas quando se fizer necessário, para manter o estande livre de plantas daninhas. Essas irrigações devem ser espaçadas para intervalos maiores, à medida que as mudas estejam estabelecidas no solo.
Adubo natural – Toda adubação depende da análise de solo e do histórico da área. A adubação de manutenção da cultura deve ser feita por ciclo de produção. Pesquisas determinam que a absorção de alguns nutrientes essenciais aumenta a partir dos 57 dias, após o plantio, até a floração da planta – por isso adubos foliares naturais podem e devem ser usados. Importante salientar que a cobertura do solo com restos de outras culturas favorecem sua qualidade em todos os aspectos, físicos, químicos e biológicos e auxiliam na redução do número de intervenções de capinas para limpeza da área. Assim, esta técnica é de suma importância, bem como a manutenção de culturas parceiras e quebra ventos que valorizam o microclima na cultura.
Nascimento, rebrota e novo ciclo – Outro aspecto diferenciado no processo produtivo é a irrigação, que contribui para o acréscimo de matéria seca, também para a sobrevivência e rebrota das plantas de stevia, após seu corte. O sistema radicular da stévia desenvolve-se na grande maioria a uma profundidade de até 15 cm. Com déficit hídrico, as plantas terão maior dificuldade em reiniciar o crescimento atrasando seu ciclo.
Colheita da stevia – Alcançando o período de colheita, que deve ocorrer no final do ciclo vegetativo, podendo se estender até que se abram um pequeno percentual de flores, na fase reprodutiva, quando as plantas são então retiradas do campo. A colheita manual deve ser feita com ferramentas de cortes bem afiadas ou por máquinas costais de corte – de forma que não comprometa o sistema radicular das plantas no ato da colheita dos ramos. A operação em si, manual ou mecânica, deve ser executada com cortes a 05 cm, acima do solo, retirando-se os ramos da área de plantio.
Produtividade da stevia – A cultura de stévia, quando conduzida segundo critérios, anteriormente apresentados, pode proporcionar uma produtividade média de folhas secas ao ano de 3500 kg.ha-1. A classificação das folhas é feita pela participação de açucares totais – percentual de Rebaudiosidio A, pureza e umidade.
Secagem das folhas – Estes ramos colhidos são colocados para sua secagem em uma superfície ao sol. Terreiro ou lona plástica, sem sobreposição dos mesmos por um período de até 6 horas de exposição, devem ser observados. Posteriormente, procede-se a batida de separação de folhas e galhos, com o uso de um rastelo ou outro utensilio a obtenção somente de folhas sem a presença de sujidades.
Do armazenamento – Estando secas, as folhas limpas são armazenadas em sacos protegidos da umidade do piso e das paredes externas, livre de insetos e roedores devido a sua finalidade, que é destinada ao consumo humano.
Sobre a Stevia Soul – Pioneira na produção de adoçante 100% natural, a Stevia Soul completa 25 anos de vida, mais saudável do que nunca. Criada em 1988, foi a primeira indústria do mundo ocidental a ter uma plantação própria para processar a folha de stevia – lançando no mercado brasileiro o primeiro adoçante realmente saudável. Hoje oferece aos consumidores do Brasil, Estados Unidos, Japão, Paraguai e China uma variedade de produtos, tendo as marcas Stevita, Fit Sucralose e Dolce Vita como carros-chefes. www.steviasoul.com.br
Data de Publicação: 07/04/2014 às 07:50hs
Fonte: Área Técnica da Stevia Soul Stevia