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Sindag discute aplicação de biológicos

A venda de produtos biológicos para a soja deve ir de 44% para 46% em 2021

O Congresso da Aviação Agrícola do Brasil, que ocorreu entre os dias 20 e 22 de julho, reuniu especialistas de diversas áreas para debater temas importantes para o setor. 

Um desses temas foi o avanço do uso de produtos biológicos. No ano passado foram 95 registros de produtos de baixo impacto.  A venda de produtos biológicos para a soja deve ir de 44% para 46% em 2021. Para a produção de cana-de-açúcar, está previsto um crescimento no faturamento das vendas de defensivos biológicos de R$ 264 milhões em 2020 para R$ 353 milhões em 2021.

Segundo o professor Aloisio Coelho Júnior, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (Usp), o controle biológico ainda tem uma série de mitos, que podem levar a amadorismo e ao prejuízo em seu emprego. Ele ressaltou que não é uma técnica fácil, embora esteja avançando bastante. “Além disso, os agricultores normalmente acham que seria isoladamente uma solução, e não dentro de um conceito de manejo integrado de pragas (MIP)”, considerou.

Ele abordou ainda alguns dos principais agentes produzidos para controle biológico e o avanço das técnicas de aplicação, com uso de drones e cada vez mais agregando a agricultura 4.0 (amostragem de pragas, tecnologias para liberação de inimigos naturais etc.).

Lembrou ainda que a área atualmente tratada com produtos biológicos no Brasil é de 10 milhões de hectares. O Brasil tem 70 biofábricas em operação, com uma receita anual de R$ 1,8 milhão. Para completar, o país tem um aumento anual entre 10 e 15% na utilização de biológicos em suas lavouras, o que é acima da média mundial. “No Brasil temos atualmente 423 produtos biológicos registrados”, destacou o professor.  

O gerente de Assuntos Regulatórios do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Fábio Kagi, destacou que o sindicato abrange hoje 28 empresas associadas, entre as que fazem pesquisa e as pós-patente. Ele destacou as diversas frentes de trabalho realizadas pela entidade para promoção do uso correto de defensivos, sejam ele químicos ou biológicos, e destacou aí o curso online elaborado pela entidade – com acesso gratuito pela internet e currículo por etapas.

“Quando se pensa no controle de uma praga, pensa-se apenas no ato da aplicação do produto. Isso é apenas o ponto final”, reforçou o executivo, que também é agrônomo e possui MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Projetos. “Antes há muitas outras ações. No momento em que eu tive que controlar a praga, já é um prejuízo – é muito mais caro controlar.”

Ele também ressaltou que o paradigma ainda é de que o químico funciona e que o biológico é ideal em algumas situações. “Mas tanto os produtos estão melhorando como os resultados corroboram essa mudança.” Mas a relação entre químicos e biológicos “não é de ‘ou’, mas de ‘e’”, resumiu, reforçando que a indústria também entende com necessário o manejo integrado de pragas. E muito estudo. “Se penarmos que há 3 mil fungos e outro tanto de bactérias a serem estudadas, têm-se uma ideia do quanto ainda se precisa de pesquisas”, destacou.

Fonte: Por:  -Eliza Maliszewski

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