A seriguela está ganhando espaço nas propriedades de Jundiaí, em São Paulo. A fruta, muito cultivada no Nordeste, adaptou-se bem ao clima da região.
O tom amarelo avermelhado indica que é hora da colheita. Na propriedade da família Veruci, o trabalho de tirar a fruta do pé deve durar mais um mês. Reginaldo que é da quarta geração de agricultores e explica que a colheita começa na madrugada, no campo, e termina no galpão com as frutas sendo embaladas com o maior capricho.
É preciso conhecer todas as funções, do manejo da terra, que tem o mato apenas roçado, à condução dos pés, que ficam mais baixos que o normal. A redução na altura facilita a colheita.
Cada pé rende até 100 quilos por safra. O pesquisador Afonso Peche, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), fala que a fruta típica da América Central se desenvolveu no Nordeste brasileiro e agora está ganhando o Sudeste.
Em outra propriedade, a colheita está acelerada. Como as ruas são mais largas, o trator ajuda no manejo. O plantio que respeita quatro metros de distância entre um pé e outro, garante mais qualidade em tamanho e sabor.
A propriedade tem 500 plantas. Na área de beneficiamento do sítio, o tamanho e as marcas determinam como será a venda da seriguela. O fruto mais bonito pode ter valor até 70% maior. Depois de embalar, as bandejas seguem para a câmara fria.
Os produtores estão vendendo a caixa, com dois quilos de seriguela, por R$ 15.
A fruta, que é saborosa e tem fama de ser digestiva, pode ser consumida in natura, em sucos e também como sorvete, se misturada com água e leite em pó.
Fonte: GLOBO RURAL
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