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SC: projeto de Incentivo às Culturas de Inverno será realizado em duas etapas, diz Fecoagro/SC

Florianópolis/SC
 

As entidades do agronegócio interessadas em ampliar a produção de grãos para produção de ração em SC estiveram reunidas na Secretaria da Agricultura, para discutir os encaminhamentos para viabilização da produção de grãos de inverno (trigo, cevada e triticale), como alternativa de matéria prima para fabricação de ração, para diminuir a dependência de milho.

Ficou claro que para os grãos de inverno substituir o milho há que se terem sementes mais produtivas e especificas para ração, e que o trigo hoje disponível é destinado à panificação, que paga mais, e que não comporta substituir o milho. Tendo em vista essa realidade ficou definido que serão buscadas alternativas para tentar reduzir os custos de produção, para equiparar o custo do milho, mas que isso depende das sementes disponíveis, e dos demais custos de insumos e mão de obra na lavoura.

As agroindústrias presentes ratificaram a decisão de que são compradoras do trigo ou outro grão de inverno, desde que assegure a qualidade nutricional necessária na ração e a preços equivalentes com o milho. Para solução imediata somente, reduzindo os custos de produção das lavouras atuais.

A segunda alternativa, de médio e longo prazo, será a pesquisa de desenvolver sementes com produtividade maior, e destinada à ração, mas para isso só se terá resultado no mínimo em quatro anos.

A Embrapa apresentou proposta de desenvolver sementes de trigo para a ração, cujo projeto para pesquisa inicialmente está orçada em aproximadamente R$ 3 milhões, e que precisaria ser iniciada imediatamente.  Como a Embrapa não dispõe de recursos, foi recomendando buscar outras fontes, ficando a Secretaria da Agricultura juntamente com a Epagri, e apoio das demais entidades, estudar uma forma de conseguir esses recursos para a pesquisa, a fim de se ter um resultado no futuro sobre as sementes adequadas.

A alternativa de plantio de triticale para essa finalidade pareceu inviável no momento e segundo a Cravil, presente na reunião, a experiência que vem realizando na sua área não demonstrou resultados em produtividade que compense investir nesse produto.

Quanto ao cultivo de cevada, o representante da AMBEV esteve presente e disse que a empresa tem demanda de cevada para malte e que a sobra por problema de qualidade para produção de malte poderá ser destinada à ração, mas existe pouca semente e poucos interessados em SC em plantar esse cereal.

A conclusão da reunião foi que inicialmente serão mapeados quais as cooperativas e agricultores que estão com interesse em estimular o plantio de trigo com as sementes atualmente disponíveis e verificar se há interessados em participar do projeto.

O secretário Ricardo de Gouvêa vai tentar viabilizar recursos para cobrir o seguro das lavouras a fim de reduzir o custo de produção. No que diz respeito ao desenvolvimento da pesquisa para variedades destinadas a ração, a Secretaria da Agricultura e a Epagri, juntamente com a Embrapa, irão montar um projeto para captação de recursos para essa finalidade.

Participaram dessa reunião na Secretaria da Agricultura, além do secretário Ricardo de Gouvêa e do adjunto Ricardo Miotto, o presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo; o vice-presidente da Fecoagro João Carlos Di Domenico; o diretor do Sindicarne Jorge Lima; os representantes da Embrapa de Concórdia; o diretor da Epagri Vagner Miranda Portes; representantes da Pamplona e Aurora Alimentos e representantes da Cooperalfa e da Cravil. A próxima reunião para tratar desse assunto foi marcada para o próximo dia 22 de janeiro em Florianópolis.
 


Fonte: Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro/SC) 

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