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SC deve produzir 103% mais trigo

Na implantação da cultura, houve problemas com estiagens em algumas regiões do estado

Santa Catarina dobrar a produção de trigo na safra 2021/22. Os cálculos atualizados apontam para um aumento de 103% em relação a 2020/21, impulsionado pelo aumento de 77% na área plantada e de 15% na produtividade média. Os dados são do Boletim Agropecuário de novembro, divulgado pela Epagri/Cepa.

No mês de outubro, como normalmente acontece nesse período, o comportamento esperado de baixa nas cotações de trigo se confirmou. No mercado catarinense houve queda de 1,71% em relação a setembro, que fechou a R$ 83,53/saca 60 kg. A variação anual de preços, em termos nominais, foi 26,04% superior ao preço médio praticado em outubro de 2020. O comportamento baixista dos preços da saca de trigo também foi observado no mercado paranaense.

Nesse início de colheita da safra de trigo na região Sul do país, os produtores estão cautelosos em realizar vendas mais volumosas, na expectativa de conquistarem melhores preços no primeiro semestre de 2022. Outro aspecto importante, e que sempre influência nas cotações da saca de trigo, é o clima.

Na implantação da cultura, houve problemas com estiagens em algumas regiões do estado, e agora, próximo a colheita, a preocupação é com o excesso de chuvas, que pode comprometer a quantidade e a qualidade do grão colhido, sobretudo pelo aumento da incidência de doenças fúngicas na fase de enchimento de grãos e maturação.

Em função desses problemas fitossanitários, a safra paranaense, segundo o Deral, passou de uma estimativa inicial de 3,9 milhões de toneladas (MT) para atuais 3,2 MT. Até final de outubro, cerca de 82% da área destinada ao plantio de trigo no território paranaense já havia sido colhida, o que representa um volume de aproximadamente 2,5 milhões de toneladas.

Essa redução na safra paranaense, se constitui num fator que pode manter os preços da saca de trigo em patamares elevados. Já em relação à safra gaúcha, segundo dados da Emater/RS, cerca de 48% da área de trigo já havia sido colhida até final de outubro. Em comparação às estimativas iniciais, a entidade prevê um incremento de produção, passando de 1,2 MT para 3,6 MT.

Com os produtos de exportação (commodities) em alta e dólar elevado, os produtores estão relativamente capitalizados, sem necessidade de “fazer caixa”. Com isso, seguem retendo suas produções na expectativa de conseguirem melhores preços. Por outro lado, quando o preço da saca de trigo é convertido de nominal para real, tomando como fator de correção o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), podemos verificar que a tendência do mercado para o mês de novembro é de preços firmes.

Fonte: Por:  -Eliza Maliszewski

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