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São Paulo usa pesquisa para expandir soja

A área dedicada para a soja no estado cresceu 11,4 % nesta safra, superando 1 milhão de hectares

A área dedicada para a soja no estado de São Paulo cresceu 11,4 % nesta safra, passando de 996 mil hectares para 1,109 milhão de hectares. A produção avançou 31,2%, chegando a 3,958 milhões de  toneladas. Os dados são do último boletim de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mesmo ainda sendo inferior às grandes regiões produtoras da oleaginosa, São Paulo vem expandindo o cultivo e isso também vem demandando pesquisa de potencial produtivo.

Na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Itapetininga, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo,  foram realizadas as colheitas de um relevante projeto realizado em parceria com a cooperativa COPLACANA. 

O projeto avalia 25 variedades quanto às diversas características de produção. Com duração prevista de cinco anos, está é a terceira safra acompanhada. O objetivo é observar as cultivares e elaborar um ranking do potencial produtivo de forma a auxiliar o produtor na melhor escolha de acordo com potencial de investimento, demanda de produção, capacidade instalada em termos de maquinário, entre outros fatores. "Começamos cultivando todas em áreas de diferentes tamanhos e, quando identificamos que uma cultivar tem bom desempenho, plantamos em maior escala no próximo ano - um desafio de produção comercial", comenta o pesquisador Carlos Frederico Rodrigues, responsável pela Unidade.

Além das variedades comercialmente conhecidas, a pesquisa trabalha com muitas advindas de instituições de pesquisa e assistência técnica, como a Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), da Secretaria, e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Essas variedades de sojas convencionais são, na opinião do pesquisador, interessantes para inserção junto ao agricultor familiar.

Outro intuito da pesquisa é difundir e estimular a técnica de plantio direto para soja, considerada vantajosa em termos de conservação do solo. "Todas as variedades do experimento foram cultivadas em plantio direto. Estamos agora iniciando o plantio de aveia, uma cultura de inverno que será colhida para semente e, depois, servirá de palhada para o novo plantio de soja - que deve ocorrer em outubro", comenta.

 Algumas variedades foram observadas no sistema ILPF (Integração Lavoura Pecuária Floresta) da Unidade, e, nesses cenários de integração, serão avaliadas a partir da safra 2020-2021, incluindo dados climáticos em tempo real e contínuo.

O mesmo trabalho também ocorre Polo de Adamantina da APTA. A região, assim como a de Itapetininga, assiste a uma expansão considerável da sojicultura. Segundo Fernando Nakayama, pesquisador e diretor do Pólo, o interesse pela soja é crescente pelo fato de ser uma commoditie que traz segurança de comercialização e, por isso, também é crescente a busca do produtor paulista por informações sobre a cultura e novas variedades. No local as pesquisas estão na primeira etapa que envolve a escolha das cultivares de soja adaptadas à região. "O que é feito é plantar faixas de cultivares onde avaliamos o comportamento geral de cada uma, fazemos a biometria e constatamos a produtividade. Posteriormente, geramos o resultado e disponibilizamos para o produtor", finaliza.

Produtores podem conhecer de perto

Uma vez por ano a Unidade de Itapetininga realiza uma espécie de vitrine tecnológica. São visitas monitoradas nos sistemas de produção que podem ser agendadas com a CDRS. Produtores e estudantes podem conhecer os resultado da pesquisa durante todas as fases da cultura e utilizar deste conhecimento para selecionar as variedades que mais lhe convenham. 

Fonte: Por:  -Eliza Maliszewski

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