Brasil e EUA enviaram cartas protestando a decisão, diz colunista da Reuters
Os Estados Unidos e o Brasil fizeram protestos separados com a Tailândia contra a proibição de dois produtos químicos agrícolas no início deste mês, mostram documentos revisados pela Reuters, dizendo que o movimento "restritivo" e "sério" pode prejudicar as principais exportações agrícolas, informou Patpicha Tanakasempipat, colunista da Reuters em Bangcoc. A proibição de pesticidas em Bangcoc pode atingir as exportações norte-americanas e brasileiras de trigo e soja que valem mais de US$ 1 bilhão por ano, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
“O efeito indireto na cadeia alimentar da Tailândia também pode adicionar dezenas de bilhões de dólares aos custos, além de reduzir milhões de empregos, de acordo com uma estimativa da indústria tailandesa. A Tailândia adicionou o paraquat e o inseticida clorpirifós à sua lista de substâncias mais perigosas em 1º de junho, citando a necessidade de proteger a saúde humana. A medida desencadeou outro regulamento sanitário que proíbe produtos alimentícios importados contendo resíduos de produtos químicos proibidos”, escreveu.
De acordo com o colunista, os Estados Unidos e o Brasil contestaram a decisão da Tailândia em cartas separadas no final de maio, depois que a Tailândia informou a Organização Mundial do Comércio (OMC) da proibição de importação pendente. “Tanto os Estados Unidos quanto o Brasil sugeriram que o país do Sudeste Asiático carecia de novas evidências científicas, conforme exigido pelo Acordo da OMC sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS), para justificar uma medida que poderia restringir o comércio internacional”, completou.
"Temos preocupações gerais com relação às ações notificadas que parecem ser mais restritivas ao comércio do que o necessário", escreveu Russ Nicely, conselheiro agrícola da Embaixada dos EUA em Bangcoc, em uma carta revisada pela Reuters.
Fonte: Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
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