No mercado internacional, se destaca a desaceleração da demanda da China por ração
A produção total de milho no Brasil deve alcançar 95 milhões de toneladas este ano, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Em relação ao ano passado, a produção deve ser 8,0% menor e o rendimento médio pode diminuir 13,7%. As informações fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado hoje”, comenta.
“A produção estimada na primeira safra do cereal é de 25,8 milhões de toneladas, declínio de 0,2% em relação ao mês anterior. A estimativa da produção é 3,0% menor que em 2020. Embora a área plantada esteja crescendo 2,1%, o rendimento médio declinou 5,4%. Para a segunda safra, a estimativa da produção do IBGE é de 69,2 milhões de toneladas, declínio de 5,6% em relação ao mês anterior ou 4, 11 milhões de t a menos. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção do milho 2ª safra encontra-se 9,7% menor, apesar da área plantada ter aumentado em 8,2%”, completa.
Segundo o IBGE, houve declínios nas estimativas de produção no Paraná (-4,6% ou 476 900 toneladas), Minas Gerais (-14,2% ou 485 870 toneladas), Mato Grosso do Sul (-15,8% ou 1 165 600 toneladas), Goiás (-19,8% ou 1 871 655 toneladas) e Distrito Federal (-37,7% ou 113 400 toneladas).
No mercado internacional, se destaca a desaceleração da demanda da China por ração, que pode pressionar o milho. “Os preços domésticos de milho na China podem ser pressionados por um aumento da produção local, uma desaceleração da demanda de criadores de suínos e medidas do governo para conter a alta dos preços, disse o Rabobank em relatório bimestral. De acordo com o analista de grãos e oleaginosas Lief Chiang, a área semeada na China em 2021/22 aumentou cerca de 2 milhões de hectares em relação à temporada anterior. Além disso, a expectativa por enquanto é de clima favorável e de recuperação da produtividade”, completa.
Fonte: Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
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