Os produtores de Palotina no Paraná já semearam algo entre 65 e 70% dos 45 mil hectares destinados ao cultivo da soja no município. Porém, neste momento, os trabalhos estão interrompidos e as áreas já plantadas estão sob risco.

Segundo o vice presidente do Sindicato Rural de Palotina/PR, Edmílson Zabot, cerca de 10 mil hectares devem necessitar de replantio no município, que realiza análises para contabilizar o tamanho do prejuízo e saber exatamente o que deverá ser feito.

“Neste final de semana as medições de temperatura de solo chegaram em até 47ºC e a umidade relativa do ar não passou dos 20%”, conta Zabot.

A liderança destaca ainda que essas condições climáticas, além de poder reduzir a produtividade da safra de soja 2019/20, devem impactar a segunda safra de milho 2020, que ficará fora da melhor janela de cultivo, diminuir a oferta de ração para a produção de proteína animal e leite, e dificultar a produção de tilápias, que já sofrem com a falta de água para a renovação dos tanques.

Diante deste cenário conturbado, os produtores ainda não procuram oportunidades para negociar esta próxima safra e já se preocupam com o fechamento das contas, contabilizando o custo de produção, que já era alto, com os possíveis prejuízos.

“O custo de produção vai ser absurdo caso haja a necessidade de replantio, sendo que os investimentos já eram terríveis. As cooperativas e as empresas produtores de sementes já garantiram que haverá sementes disponíveis para replantar e o Sindicato vai trabalhar para que os produtores sejam menos prejudicados e amenizar a situação com os seguros e investimentos do governo estadual e federal”, diz Zabot.

Confira a entrevista completa com o ice presidente do Sindicato Rural de Palotina/PR no vídeo.

Previsões de chuvas

De acordo com os mapas de precipitação do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), são previstas chuvas para a região a partir desta terça-feira (15), mas ainda em baixos volumes. Caso haja continuidade destas precipitações, como está previsto, as condições em Palotina podem melhorar.

Por: Guilherme Dorigatti