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Nogueira-pecã ganha zoneamento

Setor busca atingir 25 mil hectares cultivados até 2030

A Região Sul, maior produtora de noz-pecã, ganha um Zoneamento Edafoclimático para a cultura. O lançamento foi feito nesta quinta-feira (29) durante a Abertura Oficial da Colheita da Noz-pecã no Rio Grande do Sul, que ocorreu de forma virtual. 

Elaborado pela Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), o documento indica as áreas mais propícias para o cultivo da nogueira-pecã no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O zoneamento tem como base mapas de solos e dados climáticos, como quantidade de horas de frio e níveis de umidade do ar.

Além de dar mais segurança a quem pretende investir na cultura, também direciona a escolha das cultivares mais adequadas à região onde o pomar está localizado. O documento ainda serve como base para outras ferramentas, como o zoneamento de risco ambiental, que alicerça o acesso a financiamentos bancários.

“Esse zoneamento define as regiões com maior potencial produtivo e de menor risco, sendo útil ao setor bancário, mas, principalmente, aos produtores rurais. Assim, são definidas as melhores regiões do Sul do Brasil para cultivo com base em sustentabilidade econômica”, explicou o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira.

Durante o lançamento, Pedroso ainda abordou o projeto de pesquisa do qual o zoneamento faz parte e falou sobre um novo projeto, em parceria com o Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), o Pecan 2030, que irá ajudar no crescimento sustentável da cadeia produtiva. A expectativa é atingir 25 mil hectares cultivados até 2030.

O produtor e presidente do IBPecan, Demian Costa, falou sobre a composição e papel do Instituto e sobre os aspectos importantes para o crescimento da cultura. Ele também fez o recebimento, em nome da cadeia produtiva, do zoneamento elaborado pela pesquisa. “Eu gostaria de agradecer à Embrapa pela importante contribuição para o desenvolvimento de toda a cultura da noz-pecã no Brasil”, disse.
Safra 2020/21

Segundo dados da Embrapa e do International Nut and Dried Fruit Council (INC), a produção em 2019 projetou o Brasil mundialmente, com safra recorde de 3,5 mil toneladas, tornando o país o quarto maior produtor do fruto. Em 2021, a expectativa é de um novo recorde: superar 4,5 mil toneladas.

O crescimento em termos de área cultivada foi de 930 hectares, em 2004, para cerca de dez mil hectares em 2019. Desse total, cerca de 70% está no RS, 22% em SC e 8% no PR. Mas, apenas 4,5 mil hectares estão em fase produtiva. A produtividade média, em 2021, está prevista para superar a cifra de uma tonelada por hectare.

Cachoeira do Sul (RS) é o maior produtor de noz-pecã no Brasil, com mais de 1.000 hectares plantados, e onde está localizado o maior pomar privado da América latina, com 700 hectares. “Nos também fazemos a industrialização da noz, o que traz geração de renda e emprego. Diretos são 150 pessoas empregadas, e chegam a 500 postos durante a colheita”, salientou o prefeito de Cachoeira do Sul, José Otávio Germano.

A secretária de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) do Rio Grande do Sul, Silvana Covatti, representando o governador Eduardo Leite, afirmou que a cadeia produtiva da nogueira-pecã é importante para o crescimento e desenvolvimento do Estado, que abriga hoje cerca de 1,4 mil produtores. “A secretaria da Agricultura está de portas abertas e está cada vez mais otimista nessa cadeia produtiva”, afirmou. 

Fonte: Por:  -Eliza Maliszewski 

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