Produto entra no tratamento de sementes que estimula o sistema de defesa da planta
Um fungicida bioquímico usado no tratamento de sementes e que já é usado como protetor contra a Ferrugem Asiática também demonstrou eficiência contra o mofo branco. Os testes foram realizados em fazendas dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
O produto, com nome comercial Saori, desenvolvido pela Plant Health Care Brasil, é o primeiro peptídeo da tecnologia PREtec (Plant Response Elicitor Technology) lançado no Brasil e estimula o sistema de defesa da planta para doenças foliares, protegendo a soja desde a germinação. A PREtec é baseada na proteína Harpin e teve um investimento de mais de US$ 20 milhões desde 2012.
Conhecido como Podridão Branca, o mofo branco é uma doença causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum. Estima-se que seis milhões de hectares no Brasil apresentam a doença, número que preocupa já que a área com agricultura em nosso país é de 70 milhões de hectares cultivados, ou seja 8,6% das áreas estão com o patógeno, podendo ocasionar uma perda estimada em torno de 70% na produtividade.
Em uma fazenda em Santo Antônio do Rio Verde (GO), a doença apresentava uma incidência de 13,75 plantas afetadas pela doença em cada 100 plantas de soja avaliadas. Com o uso de sementes tratadas com um biofungicida para esta doença, a incidência caiu para 4,75 plantas afetadas, enquanto com a adição do produto no pacote de soluções a incidência caiu para metade, ou seja 2,75 plantas afetadas pela doença a cada 100 plantas avaliadas. O uso de sementes tratadas industrialmente com biofungicidas apresentou 65% de eficiência e o fungicida bioquímico aumentou a performance das soluções para 80% de controle. Considerando uma área com uma média de produtividade de 65 sc/ha e uma população média de 300.000 plantas/ha, a diferença entre as plantas com tratamento padrão e com a adição do produto, representariam 6.000 plantas ou 1,3 sacos/ha de ganho de produtividade.
“Os peptídeos PREtec representam uma nova classe de tecnologia que estimula as defesas das plantas através de uma ação fisiológica, promovendo ativação da expressão gênica”, explica Sergio Almeida, Gerente Técnico e de Regulamentação da PHC Brasil.
Também observou-se que as áreas tratadas tiveram maior produtividade na colheita devido à melhor sanidade da planta ao final da safra, assegurando o retorno sob o investimento feito pelo produtor. “Tem sido muito satisfatório ver na prática que realmente trouxemos de maneira exclusiva ao sojicultor brasileiro uma tecnologia nova e sustentável para o controle da ferrugem asiática na cultura. ”revela Rodrigo de Miranda, diretor geral da marca.
Fonte: Por: AGROLINK -Eliza Maliszewski
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