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Fenômeno que não atuava há 17 anos deve diminuir chances de veranicos

Um fenômeno raro que não atuava desde 2002, está atuando no momento e deve fazer com que as possibilidades de veranicos sejam reduzidas este ano no Brasil. Segundo Tiago Robles, meteorologista da Oráculo Meteorologia, o "Aquecimento Abruto Estastosférico" atua aquecendo a atmosfera na região da Antártica, diminuindo a rotação do Vórtice Polar, favorecendo maior frequência de sistemas frontais e, consequentemente, mais chuvas para o Centro-Sul do país."

De acordo com a Oráculo, todos esses fatores juntos faz com que a Oscilação da Artártica fique negativa e consequentemente diminui as chances de veranicos durante o Verão, sobretudo durante o mês de janeiro. As chuvas volumosas que foram registradas na região sul do país nas duas últimas semanas, já aconteceram sob influência desse fenômeno. "A atmosfera fica mais aquecida na região da Antártica e o vórtice polar perde a intensidade. Quanto mais intenso é a rotação, mais tende a ir pro centro", explica Tiago. 

Segundo o especialista, dois fatores vem acontecendo simultaneamente no país. O primeiro é a irregulidade de chuvas na região central do país, que mesmo com o fenômeno favorável, também acontece o Dipolo do Índico, que está em fase positiva e a mais intensa nos últimos 25 anos. "Esse Dipolo ocorre no Índico e a sua fase positiva provoca secas severas na Austrália e dificulta a propagação da Oscilação de Madden-Julian, resultando em irregularidade das chuvas durante a primavera, principalmente na região central", afirma.

A boa notícia é que apesar de estar atuando com intensidade, esse fenomeno (Dipolo do Índico) vai perder a intensidade nos próximos dias e não deverá influenciar no Verão, por isso a tendência é que as chuvas se regularizem por todo o Centro-Oeste e Sudeste. 

Analisando os mapas de anomalias para os próximos três meses, do Insituto Nacional de Meteorologia, Tiago destaca que os números indicam que dezembro ainda poderá ter chuvas mais concentradas na região sul do país. O meteorologista afirma ainda que os modelos ainda não conseguem enxergar as condições exatas para os meses de janeiro, dezembro e principalmente fevereiro.

Tiago destaca ainda que os números apresentados na região de Goiás, por exemplo, que indicam um negativo de 50 milímetros, não precisa causar nenhum alarde entre os produtores, tendo em vista que os números estão dentro do previsto para três meses.  "O acumulado negativo não é muito representativo para o próximo trimestre na região, onde na média chover aproximadamente 700mm", finaliza Tiago.

Veja o mapa de anomalias para janeiro, fevereiro e dezembro: 

 

Mapa anomalias - Inmet
Fonte: Inmet 

Para mais informações, acesse o site da Oráculo Meteorologia

Fonte: Notícias Agrícolas

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