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Estudo enfoca manejo de água salina no arroz irrigado

As circulares são produzidas por pesquisadores e podem ser acessadas gratuitamente

Fatores de estresse podem interferir no desempenho da lavourade arroz irrigado. Pesquisadores do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) observaram a salinidade na água e como manejá-la.  No Laguna dos Patos, a salinidade, Instituto Rio Grandense do Arroz. Na região da Laguna dos Patos, a salinidade, tanto da água quanto do solo, tem gerado preocupação aos produtores. Embora não ocorra em todas as safras, os danos da salinidade ao arroz podem ser grandes e normalmente coincidem com estiagem prolongada.

A Circular Técnica“Manejo de água salina no Arroz Irrigado” tem como autores Ibanor Anghinoni, Felipe Carmona, Glaciele Valente e Marcelo Ely e analisa o problema. Os danos de salinidade são notadamente devido à presença de sódio em alta concentração na água da irrigação, fator normalmente medido pela condutividade elétrica (CE).

A sensibilidade do arroz à salinidade varia conforme o estádio de desenvolvimento da cultura, sendo mais críticas as fases de estabelecimento e florescimento. Quando em níveis acima do tolerável diminui o estande inicial, o perfilhamento, causa morte das folhas e diminuição da estatura das plantas que sobrarem. No Rio Grande do Sul não há cultivares resistentes à salinidade.

Verificou-se, em experimento em solução nutritiva com a cultivar IRGA 424, que os danos nas plantas de arroz foram menores quando submetidas a níveis de salinidade no período do perfilhamento (V4 ) à diferenciação do primórdio floral(DPF) e do florescimentopleno(FP) à maturação fisiológica (MF) em relação aos demais períodos testados, em que o crescimento das plantas foi muito prejudicado.

No preparo das áreas de cultivorecomenda-se, logo após a colheita do arroz, a implantação de um eficiente sistema de drenagem, com profundidade de cerca de 30 cm, permite a drenagem da água das chuvas do inverno e da primavera subsequentes. Isto diminui os níveis de sódio na camada de maior desenvolvimento radicular. Em casos mais extremos, em solos com selamento superficial em função da dispersão da argila, pelos teores de sódio muito elevados, recomenda-se, na entressafra, fazer escarificação da camada selada sempre que ela se formar, para evitar o escorrimento superficial de água, facilitando a sua percolação no perfil do solo e a consequente lixiviação do excesso de sódio.

Em relação ao manejo da cultura, antecipar ao máximo a semeaduradentro do períodorecomendado paraa cultivar a ser semeada. Mesmo em áreas afetadas pela salinidade, a ocorrência de chuvas regulares favorece a diluição do excesso de sódio no solo, permitindo um melhor estabelecimento do arroz em relação a semeaduras realizadas tardiamente em períodos mais secos. Em solos afetados pela salinidade, aplicar o adubo potássico (KCl) a lanço, principalmente se a área de cultivo requerer altas doses de potássio(≥90kgK2O/ha) em solos francos a arenosos.

Com relação à irrigação, realizar constante monitoramento da qualidade da água utilizada, principalmente durante o período reprodutivo da cultura.Em lavouras em que a salinidade da água é recorrente, construir mananciais alternativos de água para irrigação. Essas fontes de água seriam utilizadas apenas nos momentos mais críticos da cultura, principalmente no período reprodutivo.

Veja o documento completo aqui.

Fonte: Por:  -Eliza Maliszewski

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