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É possível El-Niño em 2022?

Veja quais são as chances do fenômeno ocorrer

De acordo com a última atualização realizada pelo IRI/CPC, em meados de outubro, as temperaturas de superfície do mar no Pacífico equatorial centro-leste ficaram 0.8°C abaixo da média, caracterizando uma condição para La-Niña. A evolução das principais variáveis oceânicas e atmosféricas são consistentes com as condições do La-Niña e, portanto, um Aviso de La-Niña foi emitido para outubro de 2021. A grande maioria dos modelos prevêem que as temperaturas de superfície do mar esfriem ainda mais durante a primavera e o verão, e então retornam para Níveis neutralidade durante o outono.

Históricamente falando, os eventos El-Niño e La-Niña tendem a se desenvolver durante o período de abril a junho. Eles tendem a atingir sua força máxima durante outubro - fevereiro, normalmente persistem por 9-12 meses, embora podem persistir ocasionalmente por até 2 anos. E normalmente ocorre a cada 2 a 7 anos.

O comportamento das chuvas nos últimos dias vem apresentando um padrão típico para o trimestre de Nov/Dez/Jan em períodos de La-Niña.

Fica evidente o padrão de chuvas abaixo da média na região centro-sul do país, ao passo que na metade norte/nordeste os valores registrados mostram chuvas mais volumosas.
No gráfico abaixo vemos o padrão do comportamento das chuvas para os meses de Nov/Dez/Jan em períodos de La-Nina, de forma muito similar ao mapa dos valores registrados nos últimos dias . Os anos considerados para o cálculo foram: 1983, 1984, 1985, 1986, 1988, 1989, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2017, 2018, 2020

Em uma análise histórica para períodos similares, temos que projeção média indica uma tendência de resfriamento para os próximos períodos, assim como na projeção, e na sequência um aquecimento que pode ser rápido, conforme os valores máximos já registrados. De acordo com a previsão realizada pelo IRI/CPC, nos próximos meses teremos um comportamento muito próximo da média histórica do período, seguindo um aquecimento gradativo até os limiares de normalidade entre os trimestres de Abr/Mai/Jun e Mai/Jun/Jul de 2022.

Na sequência, pela média histórica, temos o ingresso de um período de El-Nino na segunda metade do ano posterior. Porém, de acordo com a última projeção do IRI/CPC, essa sinalização é mais tímida. Sendo que, as condições para El-Niño tem 19% de probabilidade para ocorrer no trimestre de Jun/Jul/Ago de 2022. 

Vale mencionar que, quanto mais distante do evento é realizada a previsão, menos assertiva ela é, portanto é de suma importância acompanharmos a evolução do comportamento das temperaturas no oceano no decorrer do ano de 2022. Pois, com a configuração de um El-Niño no segundo trimestre de 2022, o padrão das chuvas apresentarão cenário oposto ao que estamos registrando neste período, podendo influenciar as condições das safras de 2022/23.

Saiba mais sobre o fenômeno

O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical em decorrência do enfraquecimento dos ventos alísios. Esse evento, que costuma ocorrer em intervalos de dois a sete anos, provoca diversas alterações climáticas globais e inúmeros prejuízos socioeconômicos e ambientais às regiões afetadas.

Quando acontece um El Niño, os ventos sopram com menos força ou mesmo invertem a direção em todo o centro do Oceano Pacífico, resultando em uma diminuição da ressurgência de águas profundas e na acumulação de água mais quente na costa oeste da América do Sul e, consequentemente, na diminuição da produtividade primária e das populações de peixe.

O El Niño resulta em altos índices pluviométricos em algumas regiões, como na costa oeste da América do Sul, e em graves períodos de seca e estiagem em outras, como na Austrália. No período de incidência, o fenômeno também provoca verões com temperaturas acima da média na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, o El Niño tem forte influência, provocando excesso de chuvas nas regiões Sudeste e Sul, e secas em outras, como nas regiões Norte e Nordeste.

Fonte: Por:  -Aline Merladete

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