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Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos: conheça as ações da Epagri

Nesta segunda-feira, 11, o Brasil comemora o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos. A Epagri tem tecnologias, recomendações de manejo e outras ações que buscam diminuir ou até eliminar o uso destes insumos agrícolas, promovendo o desenvolvimento sustentável do meio rural. Confira algumas:

Tomatorg

O Tomatorg é um sistema orgânico de produção de tomate desenvolvido pela Estação Experimental da Epagri em Itajaí (EEI). O sistema discrimina todas as práticas culturais necessárias para a correta produção de tomates orgânicos no litoral Norte Catarinense, entre elas produção em abrigos, adubação com base em composto orgânico, enxertia, uso de biofertilizantes e de agentes de controle biológico. Estudo elaborado pela Epagri comprovou que, na comparação com o sistema convencional, a adoção do Tomatorg reduz custos e aumenta o lucro líquido do produtor. No experimento realizado ficou demonstrado que o custo de produção por planta pode cair de R$ 4,58 no sistema convencional para R$ 3,38 no Tomatorg. Como consequência, o lucro líquido do produtor que aderir ao sistema orgânico criado pela Epagri aumenta em 2,7 vezes. A Epagri disponibiliza para livre download boletim técnico com orientações para quem deseja implementar o Tomatorg.

Banana orgânica no Sul de SC
A região Sul de Santa Catarina vem se tornando um importante polo produtor de banana orgânica. Na região, que concentra 49% da produção catarinense de banana do grupo Prata, os produtores em sistema orgânico se distribuem por seis municípios: Jacinto Machado, Praia Grande, Timbé do Sul, Ermo, Turvo e Santa Rosa do Sul. Eles estão organizados em três associações e colhem em média 72,7 mil toneladas por ano. Para tornar esse cultivo viável, a Epagri desenvolveu pesquisas em diversas áreas. Os estudos apontaram, por exemplo, as variedades de bananeira mais apropriadas para a produção orgânica, que combinam alta produtividade e resistência às doenças. O uso dessas variedades praticamente elimina a necessidade de pulverizações – e quando necessárias, elas são realizadas com produtos orgânicos, que têm custo reduzido. 

Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH)
O Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH), difundido como uma transição da agricultura convencional para a agroecológica, permite reduzir o uso de agrotóxicos e adubos, até eliminá-los das lavouras. As pesquisas da Epagri na área iniciaram em 1998 e, hoje, o sistema é utilizado em cerca de 4 mil hectares de 1,5 mil propriedades rurais catarinenses, o que representa mais de 10% da área plantada com hortaliças no Estado. A meta da Empresa é que toda a olericultura catarinense seja conduzida nesse sistema até 2030. O sistema prevê uma série de práticas conservacionistas, a principal é a proteção permanente do solo com palhada, utilizando plantas de cobertura para formar biomassa. 

Agroconnect
Produtores rurais catarinenses podem contar com um serviço gratuito de informações meteorológicas que auxilia no controle de pragas e doenças nas lavouras. O Sistema de monitoramento e difusão de avisos e alertas agrometeorológicos em apoio à agricultura familiar (Agroconnect) disponibiliza, em um site na internet, informações como condições atmosféricas, tendências de tempo para os próximos dias e condições favoráveis à ocorrência de doenças em algumas culturas agrícolas. Assim, torna os cultivos mais sustentáveis e reduz custo para produtores, pois os agrotóxicos só são usados quando há risco verdadeiro. Conheça alguns dos usos do Agroconnect: na uva, no tomate e na cebola.

Melhoramento genético

Os pesquisadores da Epagri realizam melhoramento genético em várias culturas, cujo objetivo, entre outros, é desenvolver cultivares resistentes a doenças e pragas, com o fim de tornar a produção cada vez mais sustentável, diante da redução parcial ou até total do uso de agrotóxicos. A Epagri já criou cultivares pensados para produção orgânica, como a alface Litorânea, o tomate Caiçara e a banana Belluna. Outros diversos cultivares, como de arroz, cebola, batata-doce, milho, fazem parte da lista de materiais desenvolvidos pela pesquisa da Epagri para aumentar a sustentabilidade no meio rural. Um dos mais recentes cultivares desenvolvidos pela Epagri, a maçã Gala Gui, tem como diferencial a resistência à mancha foliar de Glomerella, principal doença de verão da macieira. Já a cebola Robusta é mais resistente ao míldio, doença que se não for controlada pode comprometer a produção e causar prejuízos aos agricultores. Cabe destacar que Santa Catarina é líder nacional nas duas culturas.

Uvas Piwi

O termo Piwi vem do alemão e caracteriza um grupo de variedades de uvas obtidas nos últimos anos via melhoramento genético, oriundas de cruzamentos de variedades viníferas com espécies selvagens. O objetivo é reunir numa só planta a qualidade das viníferas e a resistência à doença das selvagens, permitindo a produção de vinhos finos com menos agrotóxicos, o que signfica custos e impactos ambientais reduzidos. O projeto Avaliação vitivinícola de genótipos de videira nas condições edafoclimáticas de Santa Catarina vem sendo desenvolvido desde 2013 pela Epagri, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e apoio da Fundação Edmund Mach, que fica na Itália, e do Instituto Julius Kuhn, da Alemanha. Já foram colhidas safras das uvas Piwi nas produções experimentais conduzidas pelo projeto e os resultados são promissores. 

Produção Integrada de hortaliças
Se produzir sem agrotóxicos é importante, usar os insumos de forma racional é outro caminho essencial para obter alimentos seguros. Essa é a proposta da Produção Integrada (PI). Ela não abre mão de adubos químicos e agrotóxicos, mas preconiza uma série de normas para garantir o uso racional dos insumos, usando apenas produtos recomendados para cada cultura e respeitando períodos de carência, além de trabalhar boas práticas de produção para ter alimentos sem resíduo. A Epagri pesquisou, desenvolveu e adaptou tecnologias para a PI de cebola, tomate, banana, maçã e arroz. 

Morango semi-hidropônico

Em Santa Catarina, o cultivo de morango em túneis baixos, que demanda maior mão de obra e cuidados com pragas e doenças, vem dando espaço ao sistema semi-hidropônico, em bancadas suspensas. Mais fácil de manejar, adequado para pequenas áreas e com alta densidade econômica, esse modelo de cultivo é uma boa opção para a agricultura familiar. A incidência de pragas e doenças é significativamente menor nas plantas, o que reduz o uso de agrotóxicos. Em uma cultura que já é famosa pela contaminação com produtos químicos, a queda na aplicação de agrotóxicos pode chegar a 80% por conta das características favoráveis do sistema. 

 

Fonte:
 Epagri

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