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Cultivares de café desenvolvidas pelo Instituto Agronômico – IAC estão presentes em grande parte das lavouras do Brasil e do mundo

Programa Café do Instituto Agronômico é pioneiro na pesquisa de café no Brasil e já desenvolveu 67 cultivares da espécie arábica

Criado em 1887 com o objetivo de assistir tecnicamente o desenvolvimento da cafeicultura nacional, o Instituto Agronômico – IAC conta com o Programa Café, atualmente coordenado pelo Centro de Café "Alcides Carvalho" e apoiado por outros Centros de Pesquisa do próprio IAC e de outros institutos de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios - APTA. Pioneiro na pesquisa de café no Brasil, referido Programa teve início em 1932 e foi responsável pelo desenvolvimento de 67 cultivares de café da espécie arábica, as quais ocupam grande parte de lavouras do Brasil e do mundo, há várias décadas.

O referido Programa Café do IAC possui 11 linhas distintas de pesquisas, mas que se complementam, e trabalham no desenvolvimento contínuo de novas cultivares que contenham características especiais e também novos atributos positivos, tais como: boa produtividade, adaptabilidade a diferentes regiões produtoras, resistência a pragas e doenças, além de tolerantes a seca, baixo teor de cafeína e, obviamente, que produzam bebidas de excelente qualidade.

Adicionalmente, pesquisas com processos de pós-colheita, arborização, cultura de tecidos, desenvolvimento regional e boas práticas agrícolas, completam o Programa Café do IAC, no sentido de que as cultivares lançadas pelo Instituto também possuam os requisitos mínimos necessários para o desenvolvimento de uma cafeicultura sustentável.

Vale também destacar que o Instituto Agronômico – IAC é uma das dez instituições fundadoras do Consórcio Pesquisa Café, o qual foi criado em 1997 por iniciativa do (ex) Ministério da Indústria e do Comércio Exterior – MDIC e Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA visando conjugar conhecimentos, recursos materiais, financeiros e equipes de instituições de pesquisa, ensino e extensão rural localizadas nas principais regiões produtoras do País, sob a coordenação da Embrapa Café.

Neste contexto, nos trabalhos de melhoramento genético do cafeeiro desenvolvido pelo IAC, o Instituto preconiza o desenvolvimento de materiais de alta produtividade e rusticidade, que se adaptem às mais diversas condições edafoclimáticas e se destaquem por características capazes de atender às demandas específicas do setor produtivo e, obviamente, do consumidor final no País e exterior. Dessa forma, para fins desta divulgação, serão elencadas as últimas quatro cultivares elites lançadas pelo IAC, e seus principais atributos positivos, a saber: IAC 125 RN, IAC Ouro Verde, IAC Catuaí SH3 e IAC Obatã 4739.

IAC 125 RN – a cultivar recebeu esse nome em homenagem aos 125 anos de pesquisas de café no Instituto Agronômico. As plantas apresentam porte baixo e compacto, com frutos grandes e vermelhos e de maturação precoce, sendo indicada para plantios adensados e mais apropriada para cultivos irrigados.

Na cafeicultura, a eficiência de defensivos químicos é satisfatória no controle da ferrugem, mas limitada no manejo de fitonematoides do cafeeiro, seu uso tem reflexos diretos no aumento do custo de produção da cultura. Cultivares resistentes a ambos os agentes bióticos têm papel relevante na redução de custos e no consequente aumento da competitividade.

A cultivar IAC 125 RN, desenvolvida pelo Instituto Agronômico, apresenta resistência a todas as raças da ferrugem-do-cafeeiro, atualmente presentes no Brasil, assim como, às raças 1 e 2 do nematoide M. exigua e à raça 1 de M. incognita. Estas características têm impacto direto na redução dos custos de produção e na proteção do homem e do meio ambiente.

IAC Ouro Verde  – cultivar registrada em dezembro de 2012, seu nome faz alusão à representatividade do café no agronegócio brasileiro. As plantas têm porte baixo, frutos vermelhos com maturação média a tardia. IAC Ouro Verde tem melhor vigor que a cultivar Catuaí Vermelho, uma das mais plantadas no Brasil. Apesar de ser suscetível à ferrugem, apresenta excelente qualidade da bebida.

Referida cultivar possui porte baixo e arquitetura compacta de copa, o que permite o cultivo em sistema adensado, com impacto direto na produtividade e na redução do custo de produção da cultura, especialmente em função da melhor eficácia na colheita. A excelente qualidade sensorial do café produzido pela cultivar IAC Ouro Verde também permite um maior valor agregado ao produto final.

IAC Catuaí SH3 – além de boa produtividade, resistência à ferrugem-da-folha e tolerância à cercosporiose e à mancha-aureolada, causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. Garcae essa cultivar possui menos exigência hídrica, o que permite que ela seja cultivada em regiões mais quentes ou onde a presença de veranicos é mais frequente. Por ser resistente a todas as raças de ferrugem detectadas no Brasil, dispensa o uso de fungicidas, o que propicia redução dos custos de produção da cultura, bem como de impactos ambientais.

IAC Obatã 4739 – cultivar com potencial para redução de custos da produção, pois, além de ser resistente à diversas raças da ferrugem, possui porte baixo, sendo especialmente indicada para plantios adensados ou em renque (2,00 - 2,80 m x 0,50 – 0,70 m), atendendo, assim, às tendências mais modernas da cafeicultura brasileira. As sementes dessa cultivar são maiores do que as das cultivares de Catuaí Vermelho e Catuaí Amarelo, e vêm apresentando excelentes produções, desde que seguidas as recomendações técnicas de cultivo. Trata-se de cultivar altamente responsiva à irrigação.

Para informações mais detalhadas sobre as cultivares citadas, acesse os links descritos abaixo:

Fonte: Embrapa Café

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