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Ciência de sistemas previne crises no agro

“A análise aplicada de sistemas é uma potente área da ciência"

A ciência de sistemas deve ser priorizada e fortalecida no meio agrícola, já que pode auxiliar colaboração intersetorial e multidisciplinar, quebrando os "silos" científicos e institucionais no processo de formular políticas e responder a crises, segundo Maurício Antônio Lopres, que é pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 

“A análise aplicada de sistemas é uma potente área da ciência que tem se dedicado ao desenvolvimento e aplicação de métodos e modelos matemáticos avançados para tratamento de riscos e desafios de importância global e universal. Como aqueles representados por nexos - temas vinculados por múltiplas e complexas relações, do tipo ‘ecossistemas-água-alimento-energia' para tratar as sensíveis relações entre segurança ambiental, hídrica, alimentar e energética, ou ‘alimento-nutrição-saúde’, para superação da grave desconexão entre os sistemas alimentares, de bem-estar e saúde”, comenta ele. 

Além da ciência aprimorada, ele explica que será também necessário investir na formulação de narrativas, em comunicação e incentivos para que os sistemas educacionais e a mídia se dediquem mais a disseminar o pensamento sistêmico e seus benefícios. “Só com mais esforço em educação e informação será possível ultrapassar as fronteiras do pensamento desatualizado, unidimensional e concentrado apenas em responder a desafios pontuais e de curto prazo. E os governos também precisam incorporar arquitetura mais sistêmica, se tornando mais abertos e preparados a construir alianças entre ministérios, secretarias e agências - e desses com o setor produtivo, organizações não-governamentais e a sociedade civil”, completa. 

“Em síntese, é prudente que nos preparemos para um futuro com riscos e desafios de complexidade, escala, interconectividade e ritmo de mudança sem precedentes na história humana - capazes de impactar os sistemas econômicos, sociais e naturais, bem como as relações entre eles. Nesse contexto, intervenções que funcionavam bem podem deixar de funcionar ou até produzir efeitos imprevistos e não intencionais”, conclui. 

Fonte: Por:  -Leonardo Gottems

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