No curto prazo, a perspectiva é que esse cenário não se altere
Três anos após a proibição do herbicida paraquate no Brasil, os agricultores ainda enfrentam dificuldades para encontrar substitutos a esse herbicida de amplo espectro pertencente ao grupo químico bipirilídio, que age no fotossistema das plantas invasoras. É o que informa o portal especializado Global Crop Protection.
Na ausência do paraquate, os agricultores passaram a utilizar substitutos indiretos, como o diquate e o glufosinato de amônio, o que fez com que a demanda desses defensivos aumentasse expressivamente no último ano.
A alta demanda impulsionou os preços: de acordo com os dados do Global Crop Protection, no primeiro semestre de 2021, a média do preço nacional do Diquate foi 38% maior, quando comparada ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, o preço nacional do glufosinato aumentou 29% no mesmo período.
Além da alta demanda, a elevação dos preços também se deve aos problemas logísticos na China, já que 50% do diquate e 48% do glufosinato é de origem chinesa.
“Mesmo após três anos da proibição do Paraquate, os produtores rurais ainda enfrentam dificuldades para adquirir insumos que mantenham suas lavouras protegidas e que garantam a sua produtividade. No curto prazo, a perspectiva é que esse cenário não se altere”, afirma a equipe do Global Crop Protection.
O uso do paraquate foi proibido no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em setembro de 2017, através das Resoluções RDC nº 177 de 2017 e RDC n° 428 de 2020.
Por ser um dos agroquímicos mais utilizados na agricultura brasileira, a ANVISA permitiu que os estoques do produto fossem utilizados até o mês de Julho de 2021 para minimizar os impactos econômicos e produtivos das culturas.
Fonte: Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
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