Até então o país não tinha variedades desenvolvidas e registradas a nível nacional
O Instituto Agronômico (IAC) anunciou o desenvolvimento e registro de duas variedades de crotalária. A leguminosa é usada na cobertura do solo, para produção de matéria orgânica e para o controle natural das plantas daninhas e nematoides.
As novas cultivares são a IAC 201 CS, Crotalária spectabilis, e a IAC 201 CO, Crotalária ochroleuca, caracterizadas pelo alto teor de massa vegetal. Esses novos materiais poderão ser cultivados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Essas cultivares são inéditas no mercado brasileiro, porque até então não havia nenhuma cultivar registrada para estas duas espécies.
Os pesquisadores, Alisson Fernando Chiorato e Sérgio Augusto Morais Carbonell, trabalharam com materiais presentes no Banco de Germoplasma do Instituto, direcionando o estudo para obtenção da característica de maior massa vegetal, principalmente para uso da planta na cobertura do solo. "Fizemos seleções e diversos experimentos visando identificar duas cultivares de crotalária: uma da espécie C. spectabilis e a outra da espécie C. ochroleuca, que são espécies diferentes", relata Chiorato.
A motivação do IAC para essa pesquisa veio com uma determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em 2017, que restringiu a multiplicação de cultivares comuns de crotalária, limitando a multiplicação a apenas uma geração, ou seja, apenas um tombo, como é chamado o processo de multiplicação de sementes.
"Essas cultivares IAC vêm para mudar esse mercado. Até então, não tinham cultivares específicas, o que havia eram registros da espécie, as chamadas cultivares comuns", afirma Carbonell. A IAC 201 CS e a IAC 201 CO estão em fase de multiplicação por empresas já licenciadas, no estado do Mato Grosso.
Fonte: Por: AGROLINK -Eliza Maliszewski
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