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Bicudo: a melhor forma de controle

Inseto é uma das principais pragas do algodoeiro e necessita de vazio sanitário associado a outras medidas

 

A colheita da safra de algodão começa entre o final deste mês e começo de junho nas regiões produtoras. Um dos grandes desafios à produtividade é o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis). A principal praga do algodão nas Américas gera gasto extra de US$ 100 a US$ 150 por hectare além de ter poder de comprometer até 70% da lavoura.

Com o fim da colheita o cotonicultor precisa tomar medidas para conter o avanço da população de insetos. A principal é o vazio sanitário, adotado por alguns Estados. Trata-se do período que varia de 60 a 90 dias, em que fica proibida a presença de plantas de algodão no campo, para evitar a proliferação de pragas e doenças.

De acordo com Fábio Aquino de Albuquerque, entomologista pesquisador da Embrapa Algodão, essa é a estratégia mais importante para o manejo do bicudo-do-algodoeiro que se não for controlado, pode inviabilizar o cultivo do algodão. O inseto ataca os botões florais, impedindo o desenvolvimento da fibra. “Uma única fêmea é capaz de gerar 150 insetos em apenas 40 dias. Considerando que 60% desses ovos serão novas fêmeas se tem uma ideia do aumento populacional de bicudo-do-algodoeiro quando não se detecta a infestação inicial. A cada 20 dias você tem uma nova geração se multiplicando e nem citei os machos”, alerta.

O pesquisador defende o Manejo Integrado de Pragas (MIP) como a melhor alternativa. O método define janelas de plantio e prazos máximos para que os restos culturais do algodão fiquem no campo. “O primeiro passo importante é respeitar o vazio sanitário na entressafra. Não havendo planta de algodão não há como ele se multiplicar e isso reduz, significativamente, a pressão sobre a safra seguinte”, diz.

Como agir com os restos culturais

Albuquerque explica que a destruição dos restos de plantas na lavoura é determinante para que o bicudo-do-algodoeiro não fique a espera da próxima safra para infestar. A destruição pode ser feita de forma química, mecânica ou a combinação das duas. “Em áreas menores como agricultura familiar pode se fazer a mecânica e em maiores a química. Naqueles Estados onde não há determinação legal os produtores devem entender que a praga precisa de algodão para viver então deve eliminar tudo”, define.

No período de entressafra o inseto consegue permanecer em plantas alternativas. No momento em que reentra no algodão precisará se alimentar de pólen para voltar à reprodução, momento conhecido como diapausa reprodutiva, e que ocorre em 3 a 5 dias. “Um método eficiente e barato é o controle de bordadura. Assim que o bicudo-do-algodoeiro entrar novamente na planta, você faz o controle de bordadura e pega o inseto na fase mais exposta dele”, conta o pesquisador. Outro método bastante usado é o monitoramento com armadilhas de feromônio para identificar pontos de concentração e saída. “Com isso torna-se mais fácil entender por onde ele entra, por onde sai e concentrar o controle químico nessas áreas”, finaliza.

Fonte: Agrolink

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