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Atraso nas chuvas pode adiar plantio na metade norte do país e veranicos entre janeiro e março devem afetar o Sul e o Sudeste

Para o climatologista Luiz Carlos Molion o produtor deve se planejar para fugir de períodos críticos para a lavoura

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o climatologista Luiz Carlos Molion destacou que no período de outubro a novembro, a climatologia não indica grandes problemas para as regiões sul e sudeste do Brasil. "Em contrapartida, o início da estação chuvosa nas estações mais ao norte (Mato Grosso, Goiás, Tocantins, sul do Paraná e Amazonas), o início da estação chuvosa deve atrasar e começar a firmar nessas regiões no dia 20 de novembro", afirma Molion. 

Destacou ainda que as frentes tendem a ficar estacionárias na região de Mato Grosso do Sul e São Paulo. As condições, segundo o professor, deve acontecer em decorrência de um sistema denominado como "Aquecimento Solar". "A minha preocupação maior com sul e sudeste é o período de janeiro a março. Espero que haja uma redução de chuvas, em particular no mês de fevereiro, em função do deslocamento do sol", comenta. 

As reduções mais expressivas de chuvas podem acontecer principalmente no oeste do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul, com até 80% a menos de chuva. Para as demais áreas do sul e do sudeste, a redução pode ficar entre 40 e 50%. 

Para a outra parte do país, é importante que o produtor faça um planejamento para que as fases importantes do desenvolvimento da safra não seja prejudicado pelos veranicos já previsto pela climatalogia para o Centro-Norte do Brasil.
"Atrasar o máximo possível para quem está nessa região (Mato Grosso, norte do Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Bahia), esperar um pouco e adiar o máximo possível que for o plantio, porque está previsto que de janeiro a março nessas regiões deve chover de novo acima da média", explica. 

Molion destaca ainda que no momento, o monitoramento indica que o Pacífico deve ficar neutro, sem atuação efetiva do La Niña. "O que a gente tem percebido é que está havendo uma troca. As vezes a região fica com a água um pouco mais quente e logo depois as águas são substituídos por águas mais frias. Mas é um frio e quente que não afeta muito a atmosfera", explica. 

Segundo o professor, as últimas previsões meteorológicas internacionais indicam chances de 55% de La Niña fraco para os meses de setembro, outubro e dezembro. Após esse período, entre janeiro, fevereiro e março, as condições indicam 73% de neutralidade. 

 

Por:
 Aleksander Horta e Virgínia Alves
Fonte:
 Notícias Agrícolas

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