País perdeu 30% da produção prevista no plantio
A estiagem que assola o Sul do Brasil também bate com força em outros países sul-americanos vizinhos. Na Argentina os impactos na agricultura são grandes. A Bolsa de Comércio de Rosário projeta uma colheita de soja de 40,5 milhões de toneladas. A projeção anterior era de 45 milhões de toneladas. O rendimento médio nacional foi estimado em 2.640 quilos por hectare. Isso representa a menor safra da oleaginosa dos últimos 14 anos.
A bolsa argentina estima também que nenhuma província deve ter rendimento acima de 3.000 quilos por hectare na temporada. Cerca de 750 mil hectares não devem chegar à fase de colheita. “Sem chuvas importantes em fevereiro e com prognósticos climáticos ruins, o fantasma do desastre produtivo de 2018 ronda a oleaginosa em 2021/22”, disse em nota.
O impacto foi avassalador na mudança das condições da lavoura em Santa Fé, Córdoba, Entre Ríos e no norte de Buenos Aires. São 2 milhões de hectares em condições regulares e 670 mil em condições ruins, dos quais 185 mil já são considerados perdidos. Perdeu-se 30% da produção prevista no plantio.
O plantio começou em outubro de 2021 com boa expectativa. Apesar de ser a menor semeadura dos últimos 14 anos, o alto nível tecnológico aplicado à cultura permitiu a possibilidade de atingir 40 qq/ha de soja na região. A produtividade estimada é de 29 qq/ha, produtividade que coincide com a do ciclo 2017/18 . Este ciclo junto com 2008/09 marca os dois maiores desastres produtivos na Argentina nos últimos 15 anos. Com 55% da soja na região em condições de razoável a ruim, é muito provável que os ajustes negativos continuem. As chuvas vieram, mas não foram para todos e a seca atinge 70% da região.
Fonte: Por: AGROLINK -Eliza Maliszewski
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