Hoje o tabaco é cultivado em mais de 100 países. O maior produtor mundial é a China eo segundo é o Brasil. Por aqui são quase 150 mil famílias produtoras em mais de 297 mil hectares. Na safra passada a produção foi de 664 mil toneladas, que fizeram girar R$ 5,8 bilhões. A maior produção está nos três estados do Sul mas o Nordeste também produz em 7 estados, com 9 mil famílias.
A atividade é basicamente familiar, com mão-de-obra familiar e passa de geração em geração. Avós, pais, filhos e netos na árdua tarefa diária que exige preparo de canteiros, mudas, plantio, manejos contra pragas, doenças e daninhas, colheita, secagem, separação, enfardamento e venda. Nos últimos anos a cultura não tem sido muito amiga do fumicultor. Nas últimas safras a cultura sofre com preços que têm ficado abaixo dos custos de produção. Granizo e geada também são vilões para as perdas.
Mas o setor também se destaca por bandeiras importantes como o combate ao trabalho infantil, encarado de frente há duas décadas. Um desses trabalhos é feito pelo Instituto Crescer Legal, do SindiTabaco, que proporciona oportunidades para que o jovem permaneça e se desenvolva no meio rural. Também se destaca pela preservação ambiental. Recentemente uma empresa fumageira e a Embrapa validaram uma tecnologia de conservação do solo que previne a erosão e pode aumentar em até 20% a produtividade na cultura de tabaco.
Também é um dos setores onde há mais apoio para diversificação da produção e renda. O Programa Milho, Feijão e Pastagens completou 35 anos com incentivo para o plantio de grãos e pastagem após a colheita do tabaco e representou o incremento de R$ 634,2 milhões na renda dos produtores.
“Nada mais justo que prestar uma homenagem deste porte aos produtores de tabaco do mundo. O Brasil é o segundo maior produtor, é o maior exportador há 27 anos e tem no produtor de tabaco a sua primeira base, um forte elo desta grande cadeia produtiva. São eles que, com as práticas culturais bem aplicadas, fazem com que o Brasil seja referência em produção sustentável, apresentando aos clientes internacionais um produto de qualidade e integridade”, destaca o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.
Fonte: Por: AGROLINK -Eliza Maliszewski